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sábado, 23 de julho de 2016

[IN04] Casamento arranjado

"A vida é mais fácil
com menos
opções?"
Fabio Rocha

        José de Alencar, em sua obra Senhora, deixa implícito seu pensamento acerca dos casamentos arranjados. Através de uma de suas personagens, Adelaide Amaral, ele critica a união sem amor pois para ele a mesma impediria que o relacionamento com afeto se concretizasse. Adelaide iria casar-se com um moço que ela não gosta pois seu pai queria a obrigar. Porém Aurélia, nossa vingativa Senhora, impede este casamento.

"- É preciso quanto antes desmanchar este casamento. A Adelaide deve casar com o
doutor Torquato Ribeiro de quem ela gosta. Ele é pobre; e por isso o pai o tem
rejeitado; mas se o senhor assegurasse ao Amaral que esse moço tem de seu uns
cinquenta contos de réis, acha que ele recusaria?"
        Não é loucura afirmar que isso acontece até hoje. Não de forma tão explícita como acontecia no Brasil do século XVIII. Quantos casais se agonizam por não poderem se casar? Um teme que irá atrapalhar o outro, que não poderá dar uma vida digna. Amor e dinheiro parece ter se mantido como dilema destes tempos capitalistas.

"- [...] A mim basta-me o seu amor, já lhe disse uma vez; desde que me deu, não lhe pedi nada mais." - Disse Aurélia dirigindo sua fala a Fernando. 

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