No século dezoito, raiou no céu fluminense uma nova estrela.
Aurélia Camargo, jovem e inocente moça da baixa classe do Rio de Janeiro era,
sem sombra de dúvida, uma moça linda que estava quase atingindo sua maioridade.
Induzida por sua mãe, ela discretamente começa a procurar o homem que se
tornaria seu marido. A insistência de sua mãe nisso deixava a moça chateada.
Encontrar um marido era uma tarefa árdua. Várias eram as possibilidades. Um bom
número de pretendes se formou, porém, nenhum agradava a Aurélia. Quase pronta a
se casar com um desconhecido ela conheceu Fernando Seixas. Foi amor à primeira
vista. Aquele, que era para ser um momento feliz, teve gosto amargo. Tinha
ocorrido que, há pouco tempo, sua mãe morrera de velhice e seu irmão mais novo
de uma doença fulminante. Fernando, logo depois de propô-la em casamento,
retirou seu pedido. Um rico avô distante também havia falecido. A jovem Camargo
era seu único herdeiro. Ela rica, agora tutelada por sua tia, decide comprar o
homem que começou toda sua desgraça. O homem que apenas se importava com
dinheiro. Numa tentativa última de alcançar a felicidade, ela decide comprar
Fernando Seixas.
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